Monday, January 23, 2006

As Presidenciais

Já são conhecidos os resultados das eleições presidenciais 2006, e o povo escolheu o Professor Aníbal Cavaco Silva para Presidente.
Esta é a prova de que os habitantes deste Portugal dos pequeninos (e somos cada vez mais pequeninos) tem uma memória de peixe: Dura apenas 3 segundos, mais coisa menos coisa.
Há quem diga, como defesa às críticas que surgem contra o "sopinha de massa", que "ele foi primeiro-ministro, não tem nada a ver com a presidencia da república, por isso é que voto nele!".
Concerteza também o acham todos os homossexuais que não vão poder casar nem adoptar crianças, por "não ser urgente", todas as mulheres que continuarão a ser apredejadas em praça pública por serem donas do seu próprio corpo, todos aqueles que sentem os direitos humanos a escorregarem-lhes das mãos, após a eleição do novo "Presidente Fascista".
Este novo Chefe de Estado tem um passado brilhante!!
Ele foi porrada aos estudantes que se manifestaram, funcíonários públicos, operários, polícias..o rol é enorme!
No entanto, este candidato apelou à sua condição de grande economista para caçar votos. Claro que essa condição de génio económico não lhe serviu de muito enquanto primeiro-ministro, mas lá volta a grande frase: "isso era como primeiro-ministro, não tem nada a ver com a presidencia da república!".
Ficaremos à espera do que vai sair de Belém nos próximos 5 anos, quantas Leis Fundamentais vão ficar por sancionar, quantos anos mais vão ficar à espera os homossexuais, as pessoas que se sentem no direito de querer terminar a sua vida, em perfeitas condições mentais, que não têm ainda direito à eutanásia, mulheres sem condições à espera de não serem condenadas por mandarem no seu corpo, minorias étnicas à espera de serem integradas totalmente na sociedade.
Por um Portugal maior..mas não para já.

Thursday, January 19, 2006

Para primeiro post neste novo blog estava decidida a escrever um texto lamechas, espelho de um coração igualmente fraco em matérias de amor.
No entanto, e à luz ('das relações internacionais' (desculpem,n resisti) ) dos acontecimentos recentes e aventuras mirambolantes, que só dois finalistas de jornalismo (ou doidos varridos,talvez) se propõem a passar, decidi-me pelo relato de uma paixão que não se pode relatar em palavras, mas que se sente a cada aperto de mão mais nervoso.
Ora tudo começou quando tive a brilhante ideia de propôr um tema de reportagem ao meu caro esposio: a prostituição.
Obviamente eu não estava à espera que ele concordasse, mas saiu-me o tiro pela culatra.
Após um jantar à beira rio, preparado pela senhora sua mãe, partimos com uma handcam à descoberta do escuro mundo do prazer pago.
Como somos jovens inconsequentes e muito pouco abonados de bom senso, começámos a quebrar as regras logo na primeira paragem.
No miradouro de Santa Catarina, ignorámos o sinal que avisava :Proibida a entrada a pessoas estranhas à obra", afastámos os andaimes e lá fomos nós, filmar a nossa linda cidade, espalhada nas colinas.
Claro que até conseguirmos filmar alguma coisa foi uma batalha dificil de travar..ora era o tripé que era curto de mais, ora era o problema bexigal do meu camarada,ora era eu a alucinar e a sonhar com carros de polícia.
Próxima paragem mais relevante, parque Eduardo VII.
Ele prometeu-me que não saíamos do carro.
Mentiu-me com quantos dentinhos tinha na boca,o boi (digo isto com todo o amor que tenho no pêto,sabes disso).
Lá fomos nós de mãos dadas (o intuito era passarmos por namorados a passear no parque, à meia noite, e à chuva), à procura de pessoas à venda (lol,lindo!), e correu realmente muito bem..quase apanhámos umas poucas!!
Claro que fugiam de nós como o diabo da cruz, não sei se por ser suspeita a nossa presença ali, ou se calhar faz parte do flirt profissional..de qualquer das maneiras até conseguimos umas imagens,filmadas muito à blairwitch project, mas o importante foi termos saído com vida de lá.
Bom, já estou para aqui farta de esscrever.Resumindo, fomos para as traseiras do ritz filmar as meninas, como quem não quer a coisa, e quase morremos de síncope cardíaca quando a polícia veio atrás de nós com a sirene ligada.
Ok, se calhar não era connosco, mas parecia e o pânico foi geral.
Acabada a aventura, tempo de retornar a casa.
Apesar do cansaço ficou uma noite em cheio, com aventuras e uma paixão partilhada por sarilhos..e por Jornalismo.