Thursday, June 01, 2006

5...4...3...2...1...PUM!

Quando, num determinado momento das nossas vidas, desejamos que fosse possível voltar ao passado, para arranjar algo que foi algures estragado, não estamos, certamente, a encaixar a ideia do que significa realmente regressar ao passado.
Num acontecimento do presente está à nossa espera uma torbulenta e massacradora viagem a um passado que tão sofregamente recalcámos.
Quando, a certa altura, me ensinei a amar, ensinei-me também a não querer, nunca mais, sentir aquela vertigem má.
Mas voltei. E não quero.
Não quero doer até à exaustão, não quero doer até ser difícil respirar.
Não quero sentir outra vez, todos os dias, uma angústia gritante que me come a alma aos poucos.
Não quero entrar na montanha-russa das dúvidas, que outrora me roubou tanto de mim para me conseguir libertar.
Não quero sentir de ti, que me salvaste da ruína que me tornei, que me empurras, sem saber, para o poço mais fundo, onde jamais me poderei encontrar.
5...4...3...2...1...PUM!
Não quero morrer, pois desta vez não terei força para ressuscitar.

1 Comments:

At 8:49 AM, Blogger Hugo Lourenço said...

Começa a agarrar-te bem ao cinto de segurança antes do embate!
Good luck!

Na pior das hipóteses fazemos o retiro!, o que disse II LOL

Beijinhos moça!

 

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